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CAPÍTULO 9 - EPÍLOGO
CAPÍTULO 9 - EPÍLOGO

                      Ieruxála ardia em chamas, os moradores empreendiam êxodo tentando rumar até as salinas, na esperança de atravessar o deserto de sal e encontrar o mar, outra pequena parte tentava infrutiferamente a selva.

                         JSIII já não tinha mais controle de nada a não ser sua pequena guarda real, agora composta por apenas três homens, que procuravam incessantemente o corpo de K1000 desde o dia de sua morte, e agora chegavam com uma pista de que o corpo de K1000 poderia ter sido resgatado pelo capataz da sucata. 

                         -  Vamos vasculhar a sucata!

                         K1000 era hiper-ativo, e em situação de estresse não conseguia se desligar nem dormindo a não ser quando desmaiava, mas dai, de um suspiro acordava, e já ficava elétrico, porém ainda estava muito debilitado e não dava prá fazer muita coisa, mesmo assim, para distrair sua cólera, ia montando uma super-bike que fosse capaz de atravessar as salinas, lembrou do segundo fascículo do livro "AULA DE BICICLETA" bicicletas com marcha, (o qual disponibilizarei para você leitor no segundo episódio de CAVALEIRO MILENAR), estudou o mesmo que era muito simples, e pôs-se a montar a engenhoca diariamente. No inicio diariamente mas agora dioturnicamente, não interessava-lhe que horas e nem quantas horas diretas eram, queria acabar e testar seu projeto, e foi assim...

                         - Vou montar e testa-la! disse o cavaleiro K1000 saindo em direção as salinas, já bem recuperado apesar de respirar mal devido aos incêndios que produziam uma cortina de fumaça muito densa por ali.

                          - Vê se poê um capacete! brincou o capataz. Mas esse clima de alegria já tardava por acabar, nem bem K1000 saiu, JSIII invadiu a sucata, pegaram o capataz e o torturaram para que contasse onde estava o corpo do cavaleiro milenar, e então o capataz resolveu leva-los até uma toca no meio das sucatas maiores, uma especie de porão da sucata, e apontando para o fundo diz:

                          - Ali, eu o enterrei ali, ele e sua receita de elixir... 

                          O capataz sabia que um dia isso poderia acontecer e já estava preparado, havia deixado tudo pronto. Um dos guardas gritou achei, aqui está a receita, todos se aproximaram e ele começou a desenterra-la, porém para isso teve que puxar um cano que o detinha de tirar a receita sem rasgar, e ao puxar o cano ouve-se um "Tec", o capataz pulou prá tráz, mas mesmo assim foi colhido pelo desmoronamento que atingiu a todos intensamente.

                          K1000 pedalou por horas, testando sua engenhoca, que para andar na areia já tinha rodas bem largas, mas sua performance melhoraria muito se tivesse pneus balão, e então na volta foi direto a selva colher latex na seringueira para confecciona-los.

                          Assim que anoiteceu K1000 voltou a sucata procurou pelo capataz, não o encontrou, achou estranho pois não se tinha muito aonde ir nesse kaos, e o capataz mantinha estoque muito grande de água e carne salgada fruto de suas caçadas na mata, nada lhe faltaria, estranhou porém muito cansado prostrou-se manufaturando seu látex e dormiu. Sonhava que PEKAGEENE estava linda, muito feliz e o chamava venha K1000, vamos viver uma vida longe de tudo isso só nós dois agora tudo está resolvido, K1000 pega sua mão e parti, não sabe para onde, mas sente-se forte e muito bem ao lado de seu amor...e é acordado com um forte gemido que o faz pular em pé, sem enxergar nada pois o pouco de claridade que havia na cidade vinha dos incêndios, e não era suficiente, então grita:

                           - Quem está ai?

                           Sob silêncio absoluto, K1000 ouve uma respiração forte e forçada, guia-se pelo som e com muita dificuldade ruma sentido ao porão, já percebe que toda sucata que formava a montanha de ferro havia desabado e exclama:

                            - Meu Deus! e antes que tentasse continuar, sente uma mão pegar sua perna. 

                            - K1000, sussurrou o capataz. 

                            - Como poderei tira-lo dai?

                            - Não se preocupe com isso, eu já estou morto, só voltei para matar JSIII, foi o gemido desse viado que te acordou, amanhã você vai assumir seu trono, mas antes de sair ponha fogo aqui tenho o desejo de ser cremado ahahahaii. Essas foram suas ultimas palavras. Eterno capataz. Agora entendia porque capataz, era o algoz que matou JSIII e deu a vida por mim. K1000 sentou-se e velou seu amigo, e seus inimigos também.

                             Ao Nascer do sol derreteu seu látex, moldou os pneus balão e montou nas rodas, jogou combustível o bastante para que seu amigo virasse cinzas e ateou fogo na sucata, como pediu o capataz.

                              Pegou sua nova e desajeitada bicicleta e partiu rumo ao castelo, o castelo estava invadido, havia estoque imensurável de super-proteína e alimentos, e em situação de kaos, a população era instruída a ir para lá.   

                              No caminho quem via K1000 passando o seguia, ele era visto de longe com sua marcha-bike, assim acabara de batiza-la.

                              Ao chegar no castelo foi aplaudido pelos que o reconhecia e dai então ovacionado por todos como Rei. K1000 subiu pedalando pelas laterais até a parte alta, onde pudesse ser ouvido por todos, sem que precisasse pedir todos ficaram em silêncio, então K1000 disse:

                               - Agradeço a todos por me reconhecerem como Rei, e nesse momento sob meus poderes de Rei entrego a vocês a guarda da cidade blindada, não ativarei mais os sistemas que devem ser destruídos por vocês, nomeiem alguém para lhes liderar, e esse líder não deve ganhar nada além do que recebe por seu trabalho. Vou deixar claro que não estou deserdando, abro mão sim de toda a minha riqueza, mas não da minha missão, que é ir em busca do laboratório, que me parece ser a causa de tudo que aconteceu. Adeus.

                                 Novamente aplaudido, segue pedalando com sua armadura sentido às salinas, sua tristeza não o deixara nem emocionar-se, porém em sua mente as boas lembranças o fariam chorar de soluçar por algumas vezes em sua cavalgada pelas dunas de sal, e assim seguirá, com coragem infinita por algumas centenas de anos. Siga Sir Cavaleiro Milenar.



                                                    F             I            M



FIM DO EPISÓDIO - CAVALEIRO MILENAR E A CIDADE BLINDADA

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